E se não tiverem o dinheiro? Dizem-nos que vamos à falência e saímos do euro. O chornal está mais além. Sair do euro e falência não é a mesma coisa. Sair do euro é sair da UE? Claro que não. Um país falido tem que sair do euro? Um país que não paga as dívidas está falido. Não paga as dívidas? E depois? Os economistas não sabem.
Claro que fingem que sabem. Mas não sabem, só sabem uns pedaços. Eles sabem é do passado. Do futuro percebem pouco. Sabem séries temporais. Merda dessa também eu fazia. Há mais de um quarto de século. E já me fartei. Aliás nem fazia, o software é que fazia. Qualquer parvo faz aquilo. Vão pró caralho. Ninguém sabe o que acontece a uma moeda quando alguns dos países que a usam deixam de cumprir os seus compromissos. Ninguém sabe o que acontece ao dólar se a Califórnia falir. Nem sequer o que acontece à Califórnia. O que os economistas sabem do futuro não vale nada.
O que sabemos é que o FMI disse que não existia grande motivo para que os nossos CDS fossem muito diferentes dos da grécia. Qualquer pato bravo sabia que após essas declarações do FMI os CDS da dívida portuguesa só podiam subir. Já se sabia que vinha aí uma cavalgada dos CDS.
E quando pára a cavalgada? Os media não dizem, nós dizemos. A cavalgada pára a 18 de Maio ou a 20 de Maio. A 18 de Maio os gregos têm que ter o dinheiro para os credores. El contado. Oito mil milhões de euros. A 20 de Maio os portugueses têm que ter o dinheiro para os credores. El contado. Seis mil milhões de euros. Ou têm, ou não têm. Até lá, pelo menos, é a cavalgada.
P.S.: As pequenas nações mediterrânicas, Portugal e a Grécia, vão montadas no caralho, segundo alguns economistas. Terão que dar o cú, segundo outros economistas. Nós não sabemos. Ao menos sabemos que não sabemos. Nunca aconteceu.
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