O fim dos blogs

As redes sociais acabaram com os blogs.

Nos blogs, os autores falam e os leitores lêem. Alguns leitores comentam, mas não têm a iniciativa de escrever. É quase uma comunicação unidireccional como nos tempos de ouro dos media tradicionais: Jornais, Televisão, Rádio.

Mas nas redes sociais, todos falam, todos podem começar a dizer qualquer coisa e comentar os ditos dos outros. É um estado mais democrático da net@. A verdadeira razão de ser da net@, e o natural culminar de uma estádio da civilização: a promiscuidade. Mas é também um estado mais propício a sermos seguidos de perto pelos nossos inimigos, pelas polícias políticas do Estado, do nosso ou de outros.

Ninguém está a salvo numa rede aberta. Mas parece que ninguém quer estar a salvo, ninguém se preocupa. Todos abrem, de ânimo leve, a mão da sua privacidade. Eu não. Puta que os pariu. Eu aderi para poder colocar o meu jogo mais visível (ainda está a ser afinado) mas não consigo atinar com aquilo. Aliás, até desatino. Desatino mesmo. Só digo merda, só faço merda. Por um lado apetecia-me ser expulso como fui de todas as outras redes que foram precursoras destas (as redes de fotografia), por outro lado não por causa da publicidade ao meu jogo. Devia ter aderido com dois logins: um para ser expulso e o outro para manter o meu jogo.

Está-me mesmo a custar suportar aquilo.


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Comentários

3 comentários a “O fim dos blogs”

  1. Avatar de generalcuster
    generalcuster

    Ainda não foste expulso?
    Estás a perder qualidades.

  2. Avatar de alex

    Não.
    Estou é a fazer um esforço do caralho para me manter lá por causa do meu jogo.
    A melhor solução é não voltar a pôr lá os pés.
    – Aquilo é só ranho de fêmea pelo chão
    – Até os homens se comportam como fêmeas
    – Se não estiver lá não sou expulso!

  3. Avatar de esperminador
    esperminador

    gostei da parte da promiscuidade

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