O cavaco foi à república checa. Não sabemos o que foi lá fazer. Não há na república checa nada que interesse ao país. Presumimos que foi lá perder tempo e dinheiro e passear a Maria.
Os nossos governantes gostam de passear. Nós já nem estranhamos. Estamos habituados. E não queremos outra coisa. Já tivemos de tudo. Presidentes a passear em cima de tartarugas. Primeiros-ministros a subir às árvores. E corredores de domingo a correr ridículos com comitivas de guarda-costas pelo mundo fora.
O cavaco foi recebido na república checa. Como representante de Portugal. E o presidente checo botou discurso. Podia ter falado de qualquer coisa, podia ter dito umas inutilidades quaisquer, é o que se costuma fazer. Mas não. Os governantes checos são malcriados. Ficaram célebres pela sua presidência da UE. Agora, em público, e perante o representante de Portugal, visitante convidado, o presidente checo resolveu atacar “os países” que têm “défices inadmissíveis”.
Todos nós já tivemos que aturar gente malcriada. Aquelas pessoas que estão a pedir um par de chapadas. Ou uma escarradela na sopa à socapa. O cavaco fez um disparate. Não se vai a casa de gente malcriada.
A malcriadez não conhece fronteiras. Atinge todos os extractos sociais. É de ricos e pobres. É de cultos e incultos. A malcriadez, como a boa educação, está em toda a parte. Na UE está na república checa.
P.S.: Exagerámos quando dissemos que a república checa não tinha nada que nos interessasse. É mentira. Dissemos isso porque estávamos zangados. Foi uma forma de dar largas à indignação. É claro que na repúbica checa há coisas que nos interessam.
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