Dois mil e nove. Ano da gripe. Uma aldrabice. Toda a gente o diz à boca pequena. Menos toda a gente que vai à TV. Dois mil e nove. Ano da crise financeira. As contabilidades não valiam um peido. As agências de rating não valiam um peido. A supervisão dos bancos centrais não valia um peido. As notícias que corriam nos jornais especializados não valiam um peido. A economia como ciência não valia um peido. Toda a gente percebeu isso. Menos toda a gente que vai à TV.
Dois mil e nove. Ano da cimeira do aquecimento global. Uma vigarice pegada. Uma cimeira para disfarçar que nada aconteceu em Quioto. Uma cimeira com pinta de ambiental cujo objectivo mais visível é a promoção do nuclear.
Uma cimeira que trata do problema da subida de temperatura. Uma semana depois de se saber que o principal centro de investigação mundial aldrabava os relatórios das temperaturas. Para que parecessem mais altas.
Uma aldrabice maior do que parece. Sobretudo porque nenhum outro centro de investigação estranhou os dados. Sobretudo porque nenhum dos países comparou os seus dados de temperatura com os do centro que aldrabava os dados. Todos os dias, durante anos a fio.
Durante anos, cientistas tentaram criar modelos do clima. Usando os computadores mais potentes do planeta. Com dados falsos. Ano após ano. Agora vão verificar os dados todos, processo que levará cerca de 3 anos. Agora os dados já são piores do que falsos. Já não são verdadeiros nem falsos.
É a ciência em todo o seu esplendor. Verdadeiramente uma ciência do caralho, mais uma. Feita por cientistas que não parecem indignar-se por terem andado a trabalhar com dados errados. Por terem andado a bater punhetas. Durante dúzias de anos.
Agora 1500 desses cientistas vêm dizer que sim, que há aquecimento global. Provavelmente há aquecimento global. Não temos maneira de o saber. O objectivo dos cientistas é continuar a batê-las. Do nosso ponto de vista, há certamente qualquer coisa com o clima, mas não sabemos o que é.
P.S.: “Ah! Mundo de engano!…”, diziam, no tempo dos nossos avós, a propósito do carácter ilusório do mundo e das coisas que nos rodeiam.
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