Demoniocracia. Mais um termo lançado pelo chornal. Há pouco tempo. O chornal ilumina a realidade com conceitos clarificadores. O chornal sintetiza.
Logo após foi notícia a France Telecom. Pelos suicídios dos funcionários. Vinte e quatro. O que estatisticamente significa mais de uma centena de tentativas de suicídio. O que significa milhares de situações altamente disfuncionais. A France Telecom é um caso. Que veio nos jornais. Mas não é caso único. A vida laboral tornou-se um pequeno inferno. A opressão, o stress e a conflitualidade no local de trabalho atingiram níveis insuportáveis. É o bulllying empresarial.
Os opressores justificam a agressão no local de trabalho com os requisitos da competitividade. Mentem. Mentem como uns porcos. Uma empresa ao serviço da opressão, em que todos estão permanentemente à defesa, agarrados a procedimentos patetas, em que se passam horas a enviar mails cuidadosos com cc para toda a gente é uma empresa improdutiva. Sobrevive porque beneficia de um qualquer monopólio ou oligopólio, mas não vale um caralho. E é toda a sociedade que paga os diversos preços da existência dessas empresas.
São empresas cujo objectivo não é a produtividade. Nem qualquer forma de lucro. Essa é apenas uma desculpa esfarrapada. O único objectivo dessas empresas é o mal. O mal em todas as suas formas. O mal de oprimir. De injustiçar de qualquer forma. De atribuir tarefas irrelevantes que não correspondem às capacidades das pessoas. De obstar a que o indivíduo seja produtivo para a própria empresa. De obstar ao desenvolvimento individual. De expropriar o tempo que pertence à família e ao lazer. O único objectivo dessas empresas é o mal. E estão ao serviço do seu objectivo ainda que para isso tenham que perder dinheiro.
São demoniocracias. Empresas e instituições governadas por trupes de demónios, demoniocratas. Que se alimentam daquilo. Gente que não trabalha. Gente que não presta para trabalhar. Que não tem qualquer interesse pelo trabalho. Nem por outra coisa qualquer. Alimentam-se de punhetas e papéis.
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