As eleições no Afeganistão foram há mais de um mês. Ainda estamos à espera dos resultados. O ocidente organizou as eleições. O pessoal de lá não gostou. Queixou-se de que aquilo foi uma absoluta fraude.
No Afeganistão, as urnas andaram a passear por casa dos candidatos do governo sem qualquer fiscalização. Havia mesas com 100 por cento de votos num partido. Havia mesas em que toda a gente tinha votado. Os afegãos da oposição fizeram barulho e ouviu-se.
A ONU reconheceu que era preciso refazer as votações que tinha organizado. Mas só em alguns círculos. Aqueles em que havia marosca óbvia. Muito óbvia. Aqueles em que 100% dos eleitores tinham votado. E aqueles em que havia mais de 95% de votos num partido. Os restantes círculos estavam bem. O que eles estavam mais era bem.
Nos países que o ocidente invadiu vale tudo. Vale mentir para justificar a guerra. Vale torturar. Vale violar os presos. Vale fazer toda a espécie de crimes de guerra. Vale aldrabar as eleições.
Os resultados das eleições no afeganistão estão por publicar há quase 2 meses. Umas eleições de aldrabice. Patrocinadas pelo ocidente. Umas eleições com 5 milhões de votos [1]. Num país com 30 milhões de pessoas. O Karzai, um assumido ex(?)-agente da CIA vai ser eleito com 3 milhões de votos. O ocidente anda a aldrabar os resultados das eleições no Afeganistão. Como sabemos, o Afeganistão é muito longe daqui.
P.S.: Em Roma também era assim. Os generais operavam com os seus exércitos para lá do Rubicão. Sem se sujeitarem a regras. Mas não podiam atravessar o Rubicão. Roma poupava-se assim ao poder e à actuação dos generais que enviava para longe. Roma vivia num mundo à parte daquele que os seus generais impunham ao resto do império. Escusado será dizer que um dia os generais atravessaram o Rubicão.
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