Por cá, os media decretaram o fim da crise. Com o suporte dos peritos. Os tais que escrevem nos jornais e falam nas TVs. São opinion makers profissionais da aldrabice. Mais sabem eles que a crise não acabou.
O chornal anuncia, em primeira mão, o fim do fim da crise. Isso mesmo, o fim do fim da crise. Estamos um passo à frente. Estar à frente não é necessariamente estar sozinho. É tão só estar no pelotão da frente. Neste caso estar no pelotão da frente é, continuadamente, fazer as previsões acertadas. Estamos bem acompanhados. Stiglitz, chama patetas aos que pensam que a crise acabou. Krugman diz que é necessário um segundo pacote de estímulos porque o primeiro não funcionou. Volcker diz que está em causa o papel do dólar como moeda.
O chornal anuncia o fim do fim da crise. Os factos suportam as afirmações do chornal. À socapa, durante o mês de Agosto, os ingleses injectaram o equivalente ao nosso PIB. Os países do leste injectam-se todos os dias. A UE está atolada em empréstimos ao leste. A China fez um acordo com o Brasil para mandar foder o dólar nas transacções recíprocas. O mesmo que já tinha feito com a Rússia. Só falta a Índia, para o BRIC estar completo e fora do dólar. Os japoneses acabaram de correr com o partido que os governava há 50 anos. Os ingleses são governados por um partido com 15% dos votos. O fim do fim da crise é uma novidade escondida na UE. Escondida até às próximas eleições legislativas alemãs, daqui por um mês.
Os nossos jornais e TVs continuam a propagandear o fim da crise. Com o suporte dos peritos de serviço. Já ninguém acredita neles. Qualquer dia ninguém os ouve. Enfim, façam como quiserem.
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