gajas nuas das revistas III


A mulher de não-sei-quem despe-se. É a mulher ou ex-mulher. A namorada ou ex-namorada. De um jogador de futebol (WAG). De um velho rico. De um político. De uma pessoa pública qualquer. Normalmente são boas. Ver estas gajas nuas é bom. É de revolucionário. São um bem que foi retirado ao proletariado por via da desigualdade social. Assim se devolve à comunidade aquilo que lhe pertence. É uma espécie de jus primae noctis, mas ao contrário, nós ficamos com os restos.

Os sentimentos do povo que vê as revistas são mistos. É a inveja: “Estes cabrões é que nos ficam com as gajas boas”. “Ficam com as gajas boas, mas são todas umas vacas”. “Isto são gajas que só querem é dinheiro”. É a mesquinhez: “A gaja não vale um corno”. “Vê-se logo que as mamas são de plástico”. “A minha Maria nunca mostraria a passarinha numa revista”. É o oportunismo: “Eh pá, mostra aí que eu também quero ver”. “Emprestas-me a revista para ler lá em casa?”. “Envia-me o link, está bem?” . A inveja, a mesquinhez e o oportunismo são o lado negro dos momentos revolucionários.

Estas mulheres surgem nas revistas nacionais. Que apenas imitam o que se faz lá fora. São os ditames do imperialismo. A intenção de convencer de que tudo se consegue com dinheiro. De que tudo acontece por dinheiro. É mentira. Nós também temos as gajas que queremos. Somos pobrezinhos mas bonitos. O imperialismo quer-nos convencer de que estas mulheres se despem por dinheiro. Mesmo quando é óbvio que elas têm dinheiro a montes. Nós sabemos que elas se despem porque é a sua natureza.

P.S.: Gajas nuas das revistas III termina um ciclo iniciado com gajas nuas das revistas I e II. As gajas nuas das revistas I e II foram um sucesso. Alguns dos nossos leitores não lhes pouparam alogias. Congratulamo-nos por isso.

gemmaatkinson4


3 comentários a “gajas nuas das revistas III”

  1. Parabéns pela Gemma Atkinson, que como toda gente sabe, nada tem a ver com o outro Atkinson.
    Subscrevo intereiramente a frase que conclui o texto. 🙂

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